igualdade racial

Mobilização antirracista reuniu cerca de 100 pessoas na Praça Saldanha Marinho

Natália Müller Poll

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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Atualizada em 8 de junho às 13h58

Uma manifestação antirracista, que foi organizada ao longo da semana por diversos coletivos da cidade, foi marcada por ato pacífico na Praça Saldanha Marinho. No evento publicado no Facebook, o Coletivo Dandaras deixou claro que o propósito do ato era "demonstrar a população que o povo preto de Santa Maria não está calado frente ao racismo, genocídio e violência policial" e que a manifestação aconteceria de forma articulada e organizada.

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Por volta das 15h30min de domingo, cerca de 100 pessoas estavam reunidas para ouvir e aplaudir as palavras dos representantes dos coletivos e demais convidados que, com um megafone, pediam por respeito, igualdade racial e justiça.

Os atos se deram sob a esteira das manifestações que varrem o mundo há quase duas semanas após a morte de George Floyd, um norte-americano negro, morto por um policial branco na cidade de Minneapolis. Mas, também, em decorrência de tantas outras vidas negras perdidas, como a de Gustavo Amaral, 28 anos. Em abril deste ano, o santa-mariense foi confundido com um assaltante e acabou sendo morto por policiais militares.

DISTANCIAMENTO
Os manifestantes, contudo, não descuidaram dos cuidados necessários frente ao cenário de pandemia. A reportagem constatou que todos usavam luvas e máscaras e, ainda, mantinham o distanciamento preconizado pelos órgãos de saúde.  

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Na praça, alguns integrantes do ato portavam cartazes e faixas com frases como "Marielle presente", "Vidas negras importam" e "Na luta contra o racismo", além de placas antifascistas. O som da Batucada Feminina Antirracista dava o tom da tarde. Nos microfones, jovens, a maioria negros, pediam por igualdade e citaram os casos de perseguição aos quais são submetidos. Ainda que não fosse um ato político-partidário, era possível ver a presença de bandeiras de siglas.

ATO NACIONAL
O ato "Povo preto unido é povo preto forte" ocorreu em várias cidades do país, na intenção de manifestar repúdio ao genocídio da população negra, à brutalidade policial e ao descaso do governo. Além disso, foi feita uma arrecadação de agasalhos e alimentos não perecíveis, que serão destinadas a pessoas em vulnerabilidade. 

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